No espaço de 3 anos, constroem-se, no total, 75 carros, com chassis tubular, carroçaria em fibra (GRP), suspensão independente, baseada nos carros da Fórmula 3, e algumas soluções inovadoras para a época. A base mecânica do Unipower GT é a do grupo BMC, sendo os carros, na sua maioria, equipados com o motor Cooper de 998cc, instalado no local “errado”, isto é, na “traseira” e em posição central / transversal. Todavia, são construídas algumas unidades com motor Cooper S de 1275cc.
Goodwood é o local onde, na década de 60, pela primeira vez se encontram os dois apaixonados pelos automóveis de competição: Eng. Ernie Unger, admirador dos carros construídos por Carlo Abarth, que de há alguns anos corre com um Lotus, e Val Dare-Bryan, ligado ao desenvolvimento e produção de carros de corrida nas oficinas do piloto Roy Pierpoint. Partilhando do mesmo entusiasmo, os dois resolvem construir um pequeno GT, em que reúnem eficácia inglesa e beleza italiana. Entretanto, associam-se ainda ao projecto outro entusiasta do desporto automóvel, Tim Powell, e o seu grande amigo Andrew Hedges, piloto de fábrica da BMC. Em 1966, o UNIPOWER GT é apresentado no London Racing Car Show, sendo recebido com grande entusiasmo tanto pelo público como pela imprensa especializada. A Universal Power Drives Ltd (UPD), companhia dirigida por Tim Powell, arranca finalmente com a produção do belo e rápido Unipower GT. Em finais de 1968, com 60 carros produzidos, Powell perde o interesse pelo projecto, que sempre fora encarado como uma “aventura,” e vende a UNIPOWER a Piers Weld-Forrester. Piers Weld-Forrester, piloto e igualmente “aventureiro,” transfere a produção do UNIPOWER GT para a nova companhia Unger Weld- Forrester (U.W.F.). A U.W.F. é responsável apenas pelos últimos 15 carros UNIPOWER construídos. Apesar de uma carteira de encomendas bem "recheada", a produção cessa em 1970!
Graças à sua concepção arrojada e à qualidade da sua construção, invulgar para a época, o UNIPOWER GT torna-se o mais belo e sofisticado carro com origem mecânica “Mini” jamais construído.